Não tenho crédito à habitação, devo fazer um seguro de vida?
May 6, 2024Qual o papel do mediador na gestão de um seguro de vida?
May 6, 2024Considerando que estamos a falar de um seguro de vida unicamente para proteção pessoal e familiar (excluindo os seguros obrigatório associados a créditos bancários, em que o capital é, regra geral, igual ao valor emprestado pelo banco), o valor será sempre com base numa estimativa. Podemos determinar um capital com base em alguns critérios, mais e menos tangíveis, tais como a idade, o estado civil, a existência de filhos, a profissão, os gastos fixos, os projetos de vida, os valores, as preferências e hobbies.
O C.Q tem 33 anos e é casado, a esposa tem 36 anos. O casal tem 2 filhos, com 2 e 5 anos. Esta família vive num apartamento próprio e têm crédito habitação. Ele é farmacêutico e a esposa é gestora de loja. As despesas mensais do casal rondam os 2.300€ (inclui educação, alimentação, custos do empréstimo, seguros, luz, água, gás, consumos de transporte e outras despesas de saúde e bem-estar) e conseguem fazer uma poupança mensal de cerca de 600€. Parte desta poupança é investida em planos para a reforma de ambos e outra parte é direcionada para despesas a curto prazo (férias, pequenos investimentos, despesas de saúde, avarias, …). O rendimento do C.Q cobre aproximadamente 65% das despesas fixas da família.
Caso o C.Q faltasse à sua família neste momento, para além dos sentimentos de tristeza e projetos inacabados, haverá outras necessidades inerentes a esta perda e, claramente, seria difícil proporcionar o nível de vida atual à esposa e aos filhos.
Concluiu, então, que um seguro de vida pode trazer algum alento perante este cenário. A questão que suscitou de seguida foi: qual o capital que faria sentido para as prioridades e objetivos da sua família?
Considerando que o rendimento da esposa continuará a ser utilizado para grande parte das despesas familiares que se irão manter, fez uma estimativa de quanto seria necessário para proporcionar a educação idealizada dos seus filhos. Assim, de forma muito simples, definindo um período de seguro de 20 anos e 500€ mensais, o C.Q apontou para um seguro de vida com capital de 120.000€.
De qualquer das formas, importa ter a consciência de que qualquer capital mínimo seria uma mais valia para a família do caso exemplo apresentado. Um seguro de vida não precisa ser encarado como um “tudo ou nada”, e pode ser ajustado de acordo com o orçamento familiar de cada um.
Fica percetível que a resposta a esta questão não é óbvia e única. Torna-se relevante começar por refletir um pouco sobre quanto vale a sua vida e quanto pode dispensar do seu orçamento para um plano de previdência. Num próximo passo, pode fazer sentido consultar um mediador especializado.